A imagem traz agora mais uma paisagem cartão-postal do Rio de Janeiro e Tom Jobim canta Wave ao fundo. É o primeiro dia do ano.
Uma pergunta em tom de espanto surge de lugar não identificado:
– Doutora Helena Duarte, o que a senhora esta fazendo aqui?
A despeito da pergunta, Helena usa todo o seu poder de convencimento, jogando sensualmente sua cabeça e cabelos para o lado, responde:
– NADA!
Helena se certifica que a porta do berçário esteja trancada e avança em seu plano maquiavélico-diabólico. Aproxima-se novamente dos berços e TROCA OS BEBÊS.
A câmera dá um close no pacote de fraldas Puppets na mão de Helena [mais merchandising]. Ela pensando em voz alta diz:
– Garanta uma boa troca: use fraldas Puppets e deixe o seu Bebê sequinho!
Helena Duarte olha fixamente para um ponto à esquerda dos bebês de Camila e irrompe numa gritaria histérica:
– Eu tenho medo! Eu tenho medo! Eu tenho medo! Eu tenho medo! Eu tenho medo!
Helena adquiriu um trauma crônico em relação à esquerda depois das eleições de 2002, tendo surtos psicótico em qualquer lugar; permanece apavoradinha até que alguém a retire do transe.
A câmera desfoca, provocando o efeito de embaçamento da imagem e uma voz vinda do além ecoa pelo berçário:
– Helenaaaa... Helena... Doutora Helena... Doutora Helena...
A médica responde:
– Vá embora, por favor, mais quatro anos não!
A voz de telemarketing insistente continua:
– Helena... Helena... Doutora Helena, sua presença é aguarda na sala de parto!
Ainda no chão, Helena se dá conta de que a voz vem do alto-falante do hospital e tenta partir em disparada para o centro obstétrico quando uma enfermeira entra no berçário e percebe que os bebês foram trocados...
Novamente a música de fundo aumenta e quebrando a tensão do capítulo, Astrud Gilberto, tentando disfarçar o sotaque, canta Corcovado.